O primeiro XO Camp cumpriu com os seus objetivos: A) As crianças tiveram oportunidade de engajar-se em experiências significativas de aprendizagem por meio do laptop, criando seus próprios jornais, programando seus próprios jogos e investigando suas curiosidades. B) A comunidade escolar (pais, professores, dirigentes) e coordenadores locais do projeto puderam observar o envolvimento das crianças com a sua aprendizagem e as potencialidades do laptop como o elemento catalisador para essa mudança de postura das crianças.
Em função disso, duas escolas solicitaram a continuidade dessas atividades, independente do trabalho do professor, para oportunizar esse tipo de experiência a um maior número de alunos.
Para atender a essa demanda, nós criamos os XO CLUBS. XO CLUBS foram atividades semanais, no turno inverso às aulas, para grupos de alunos de 4a e 5a séries que não haviam participado nos XO CAMPS.
Na escola Kagugu, em função do seu tamanho (+ de 3500 alunos) nós oferecemos os 3 clubs: Jornalismo, Programação de jogos em Scratch e Matsiko (investigação de curiosidades).
Na escola Nonko (1000 alunos), oferecemos apenas um Club (em dois turnos), que, por decisão da direção da escola, foi o Matsiko.
Em função disso, duas escolas solicitaram a continuidade dessas atividades, independente do trabalho do professor, para oportunizar esse tipo de experiência a um maior número de alunos.
Para atender a essa demanda, nós criamos os XO CLUBS. XO CLUBS foram atividades semanais, no turno inverso às aulas, para grupos de alunos de 4a e 5a séries que não haviam participado nos XO CAMPS.
Na escola Kagugu, em função do seu tamanho (+ de 3500 alunos) nós oferecemos os 3 clubs: Jornalismo, Programação de jogos em Scratch e Matsiko (investigação de curiosidades).
Na escola Nonko (1000 alunos), oferecemos apenas um Club (em dois turnos), que, por decisão da direção da escola, foi o Matsiko.
Os XO Clubs fizeram parte da nossa estratégia de formação de pessoas. Para a realização dessas atividades nós iniciamos um programa de voluntários para estudantes universitários. A idéia era que eles nos acompanhassem durante as práticas, facilitassem a nossa comunicação com as crianças na língua local (kenyarwanda), para que tivessem modelos de trabalho com crianças menos hierárquico e menos centrado no professor. Dos cinco voluntários que iniciaram o trabalho conosco, dois logo em seguida foram contratados como internos pela organização e atualmente (junho de 2010) são empregados da OLPC.
Minha atuação, com colaboração do Juliano, foi no Club Matsiko e na formação desses voluntários. Aos poucos os voluntários/internos foram entregando-se ao meu trabalho nas escolas e por último eles assumiram o Matsiko Club, já que eu estive fora de Ruanda por um mês.
Na escola Kagugu, um grupo de alunos decidiu investigar “qual é o caminho para a lua?”. Outro grupo (no turno inverso) tinha uma curiosidade bem peculiar: “Se o Egito é em cima no mapa e o Céu também é em cima. O Céu é no Egito?”
Na escola Nonko um grupo escolheu: “De onde vem o homem?” E o outro grupo, “Se é verdade que a terra gira, por que não sentimos ela girar?”
Baseado na mesma metodologia do Matsiko, explicada no post anterior, as crianças, depois de decidirem a questão de investigação, registraram a curiosidade e as hipóteses (idéias prévias).
No grupo sobre “de onde vem o homem”, nós tentamos trabalhar com diferentes explicações para essa questão, incluindo a explicação religiosa e a científica. As hipóteses das crianças baseavam-se apenas na explicação religiosa. Mas haviam alguns gaps nessa explicações, tanto que se tornou a questão de pesquisa. Foi interessante que as crianças entrevistaram um padre e ele mesmo disse que alem da sua explicação havia uma explicação científica que traçava uma comum descendência com os gorilas. Para as crianças foi totalmente surpresa quando viram a explicação que dizia que a origem da humanidade é Africana. Mesmo quando traziam a explicação religiosa sobre Adão e Eva, diziam que os dois eram brancos e não conseguiam explicar a origem da população negra.
Como um dos internos havia estudado biologia, ele tentou trabalhar com as crianças algumas noções da teoria da Evolução.
Minha atuação, com colaboração do Juliano, foi no Club Matsiko e na formação desses voluntários. Aos poucos os voluntários/internos foram entregando-se ao meu trabalho nas escolas e por último eles assumiram o Matsiko Club, já que eu estive fora de Ruanda por um mês.
Na escola Kagugu, um grupo de alunos decidiu investigar “qual é o caminho para a lua?”. Outro grupo (no turno inverso) tinha uma curiosidade bem peculiar: “Se o Egito é em cima no mapa e o Céu também é em cima. O Céu é no Egito?”
Na escola Nonko um grupo escolheu: “De onde vem o homem?” E o outro grupo, “Se é verdade que a terra gira, por que não sentimos ela girar?”
Baseado na mesma metodologia do Matsiko, explicada no post anterior, as crianças, depois de decidirem a questão de investigação, registraram a curiosidade e as hipóteses (idéias prévias).
No grupo sobre “de onde vem o homem”, nós tentamos trabalhar com diferentes explicações para essa questão, incluindo a explicação religiosa e a científica. As hipóteses das crianças baseavam-se apenas na explicação religiosa. Mas haviam alguns gaps nessa explicações, tanto que se tornou a questão de pesquisa. Foi interessante que as crianças entrevistaram um padre e ele mesmo disse que alem da sua explicação havia uma explicação científica que traçava uma comum descendência com os gorilas. Para as crianças foi totalmente surpresa quando viram a explicação que dizia que a origem da humanidade é Africana. Mesmo quando traziam a explicação religiosa sobre Adão e Eva, diziam que os dois eram brancos e não conseguiam explicar a origem da população negra.
Como um dos internos havia estudado biologia, ele tentou trabalhar com as crianças algumas noções da teoria da Evolução.
No grupo “Se é verdade que a terra gira, por que não sentimos ela girar?”
as crianças tinham diferentes hipóteses. Então eles dividiram-se em grupos e trabalharam a investigação em cima da validação dessas hipóteses. Um dos grupos construiu uma maquete com sucata para provar a relatividade do movimento, ou seja, eles usaram a câmera do laptop para filmar que a maquete girava , mas as pessoas que estavam na maquete permaneciam na mesma posição.
Outro grupo uso o globo e colou personagens de papel para mostrar porque as pessoas não sentem o movimento da terra. Mas, antes disso, houve uma grande discussão sobre onde estamos na terra (dentro, na superfície, etc).
O grupo em Kagugu que estudou o caminho para a lua também tinha a mesma dúvida: onde estamos? Se estamos dentro do globo, onde está o Céu, onde está a lua? Eles utilizaram o Scratch para simular o sistema solar e o caminho para a lua.
O grupo sobre o “se o Céu é no Egito” trabalhou com mapas em diferentes posições no laptop. Também fez uma simulação do planeta terra no laptop, da lua, do sol, discutindo a relatividade do conceito de “em cima”.
Os Clubs tiveram a duração de 4 meses. Eles encerraram com apresentação dos trabalhos e a discussão das questões de pesquisa.
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