domingo, 25 de julho de 2010

Na África

Nota em uma revista de Cachoeira do Sul

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Bom dia! Mwiriwe! Momentos da Videoconferência entre alunos do Brasil e de Ruanda

Como continuidade do projeto de trocas entre alunos brasileiros e Ruandeses, dia 9 de julho de 2010 realizamos a 3a videoconferência. Nessa ocasião, todos os alunos de 1a à 4a série da E.E. Otávio de Souza (POA- Brasil) conversaram com alunos de 2 turmas (4a e 6a série)da escola Kagugu de Ruanda.

Iniciamos a atividade com "O bom dia!" dito pelo alunos Ruandeses e com o "Mwiriwe!", dito pelos Brasileiros e com cada grupo cantando uma música para homenagear seus novos amigos! Os Porto-alegrenses cantaram “Por Alegre é demais” e os alunos Ruandeses cantaram uma música em Kinyarwanda.


Na seqüência, um representante de cada turma da escola Otávio de Souza, junto com a professora, fizeram suas questões. Entre elas:
- Se as crianças tinham merenda na escola e se era o governo que pagava. (Na escola Kagugu não há merenda. As crianças fazem as refeições somente em casa)
- Se as crianças tinham tema para casa. (Sim!!! responderam os alunos)
- Se as crianças jogavam voleibol. (Sim!!! responderam os alunos)
- Em que tipo de bairro a escola Kagugu ficava. Comercial, residencial ou industrial. (Em Ruanda as regiões são organizadas em Provícias, Distritos e Setores. Kagugu faz parte do setor chamado Kinyinya, dentro do distrito de Gasabo, na cidade de Kigali).
- Se os alunos moravam longe ou perto da escola e que tipo de transporte usavam para chegar na escola.(Os alunos responderam que moram longe e caminham de 30 a 50 minutos para chegar à escola)
- A professora Rosa perguntou se tinha alguma "Rosa" entre as alunas. E a aluna Rose, bastante orgulhosa, levantou-se para falar com ela!
- Se as crianças tinham recreio e que tipo de brincadeira faziam durante ele.
Para responder essa última pergunta, as meninas Ruandesas ensinaram um jogo que elas brincam no recreio.  Veja o vídeo:


Entre as perguntas feitas pelos alunos de Kagugu aos brasileiros, estavam:

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Rwanda 1st OLPC Head of Schools & Champion Teachers Capacity Building


A primeira fase de formação para o deployment de 65.000 XO laptops em Ruanda aconteceu na semana de 5 a 9 de julho de 2010, num total de 45 horas.
Planejada coletivamente pelo time de aprendizagem da OLPC e seus estagiários e executada pelos mesmos e mais alguns membros do RITC (num total de 25 formadores),  ela foi direcionada para os gestores e para um professor (futuro coordenador do projeto em cada escola) de cada uma das 150 escolas de 4 Províncias (30 Distritos) de Ruanda, além da cidade de Kigali.  
Os 300 professores-alunos foram organizados em 6 grupos de trabalho.
A formação foi dividida em: apresentações sobre os princípios do projeto e de significativas experiências de aprendizagens através do laptop em Ruanda; atividades práticas de exploração do laptop para familiarização e atividades de uso do laptop em atividades curriculares; utilização de dramatização (teatro) como estratégia para criação de debate sobre os possíveis desafios encontrados em uma sala de aula com laptops; informes feitos pelos representantes do Ministério da Educação sobre a distribuição dos laptops, cronograma de implementação e criação de uma campanha de conscientização para pais e comunidade. 





Estratégia para a formação de professores: um trabalho coletivo de nossa equipe

Tendo em vista que uma nova formação de 300 professores se aproximava, eu e o Juliano decidimos usar a preparação para esse evento como um momento de formação para nossos estagiários. Em seus blogs e em nossas discussões semanais nos nossos workshops, os estagiários apontavam vários problemas que estavam encontrando nas escolas no que diz respeito a formação e ao uso do laptop pelos professores: Os professores solicitavam mais formações e quando elas eram oferecidas eles não demonstravam-se comprometidos; O uso do laptop em sala de aula parecia trabalho extra; Não conseguiam entregá-lo ao currículo nacional; pouquíssimos professores estavam utilizando laptop em sala de aula; a resistência maior era por parte de professores mais antigos; escolas com melhores resultados contam com diretores mais atuantes em relação ao projeto; faltava conhecimentos básicos para a resolução de problemas simples em relação ao laptop, organização das atividades com o laptop e também cuidados com a máquina; muitos laptops permaneciam chaveados em armários e alunos não levavam para casa.

Baseado nos dados trazidos pelos estagiários, nas nossas próprias leituras e observações, iniciamos um processo de re-avaliação de nossas formações, assumindo que nosso trabalho  anterior no que diz respeito a capacitação de professores e gestores, não estava sendo muito efetivo, desde que muitos professores não estavam utilizando laptops em sala de aula.
Por isso sugerimos a criação coletiva de alternativas para o trabalho com esses novos professores que estavam recebendo laptops em suas escolas.

Essa primeira formação para o deployment de 65.000 laptops foi organizada para atender as 150 escolas distribuídas em 4 Províncias de Ruanda, além da capital Kigali City, que receberão as máquinas nos próximos meses.
Então decidimos, junto com o governo, que nessa primeira fase seria essencial fazer uma formação prévia para os diretores das escolas e um professor coordenador do projeto por escola.  Tal ação justifica-se tendo em vista que em escolas onde o diretor/a entende os princípios do projeto e têm um professor responsável, o engajamento de outros professores e a viabilização de outras ações dentro do espaço escolar, bem como, com a comunidade, tende a ser mais efetiva.

Para tanto essa formação foi pensada com alguns objetivos:
1) Destacar os princípios do projeto: Por que prover um laptop por criança, se muitas não têm o que comer? Por que saturação de uma escola? Por que as crianças precisam levar laptop para casa?  O projeto é sobre Educação, viabilizada pela tecnologia. Não é sobre tecnologia. Os professores não precisam ensinar tecnologia; eles precisam utilizá-las para melhor suas práticas pedagógicas.
2) Desenvolver nossa formação com idéias concretas sobre utilização dos laptops em sala de aula, trabalhando as ferramentas a partir de atividades curriculares.
3) Focar em alternativas para resolver possíveis problemas que serão encontrados em sala de aula e nas escola.
4) Planejar os próximos passos.

domingo, 11 de julho de 2010

Internship programa: a equipe que viabiliza nossas ações nas escolas.

Um dos nossos objetivos do nosso trabalho em Ruanda é formação de pessoas locais.
Baseamos nossa ação no princípio que temos que oportunizar experiências ricas de aprendizagem e reflexão para um grande número de pessoas.  Mas nem todas essas pessoas serão “tocadas” pelas idéias que acreditamos.
Na verdade, poucos serão! Mas estes “poucos”, que realmente acreditam e querem um mundo melhor para as crianças, serão como sementes que futuramente disseminarão essas idéias de aprendizagem pelo país.  E é nesses “poucos”que investiremos mais o nosso tempo e o nosso foco. A vinda temporária de outros membros da OLPC também faz parte da estratégia de estabelecimento de diferentes vínculos e sensibilização de diferentes pessoas. Confira os blogs...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Umuganda: um conceito de Ruanda para o mundo

Imagine um país onde uma vez por mês, cada cidadão, mesmo os governantes, está envolvido em algum tipo de ação social, quer se trate da limpeza das ruas, ou fazendo algum outro tipo de ação comunitária. Inconcebível? Inacreditável?
Isso é realidade em Ruanda!

Umuganda é tradição no país iniciada antes da época colonial.
Ela é baseada na idéia que todos os cidadãos de mais de 18 anos devem contribuir para o bem comum da população, sem remuneração. 
Para tanto, todos os últimos Sábados de cada mês, das 7h às 12h toda a população do país deve engajar-se em uma atividade para a comunidade. É proibido a realização de qualquer tipo de comércio, trabalho ou atividade individual. Mesmo o transporte público não funciona. Os taxis são proibidos de circular.
Recusar-se a realizar Umuganda sem a devida autorização pode levar à prisão imediata.