sábado, 19 de junho de 2010

Crianças da escola Kagugu de Ruanda viajam ao Brasil

 

Dia 17 e 18 junho de 2010 dois grupos de crianças da Escola Primária Kagugu de Ruanda (P3 e P4) encontraram-se com crianças da 3a série da Escola Estadual Otávio de Souza de Porto Alegre/Brasil por videoconferência, no Skype. 
Os alunos de Ruanda começaram falando em Português: Bom dia! Oi! Tudo Bem! 
Os alunos brasileiros falaram em inglês: Good afternoon! How are you?

Os alunos de Ruanda se apresentaram em Português: Oi! Meu Nome É ... Muito Prazer! 
Os alunos brasileiros apresentaram-se em Inglês: Hi! My name is ... Nice to meet you! 
  

Esta atividade fez parte do início de uma pequena parceria entre uma turma de uma escola brasileira e duas turmas de uma escola em Ruanda. 



domingo, 13 de junho de 2010

Capacitação para voluntários = XO CAMPS sobre HIV/AIDS, FUTURO e MEIO AMBIENTE.

Durante as férias de novembro de 2009, nós (OLPC) e o coordenador local do projeto do Ministério da Educação (Richard) tínhamos a ambição de fazermos um grande XO CAMP, envolvendo todas as escolas que possuíam laptops (públicas e privadas). 
O Ministério da Educação de Rwanda sugeriu a realização dos XO Camps sobre 3 temáticas latentes no país: Prevenção contra HIV/AIDS, Futuro: Visão 2020 e Proteção do Meio Ambiente. 
Para a viabilização desses CAMPs em todas as escolas que possuíam laptops (cerca de 12), nós criamos um curso de Capacitação chamado "Introdução em Laptops e Aprendizagem" (de 100 horas) para pessoas interessadas no projeto, no qual a parte prática seria realizada em campo, nas escolas.

sábado, 12 de junho de 2010

KIE Community Attachment= voluntariado nas escolas com XO

A KIE – Kigali Institute of Education é uma universidade em Ruanda. Dentro de seu currículo do curso de Computação há um programa anual em que os alunos precisam fazer um trabalho voluntário de um mês em uma comunidade. No ano de 2009 a OLPC e o Ministério da Educação de Ruanda estabeleceram uma parceria com essa universidade para que esse programa fosse realizado nas escolas que possuíam laptops: 5 escolas públicas e várias escolas privadas. 
O programa contava com cerca de 100 voluntários. O Mistério da Educação proveu laptops para esses alunos universitários durante esse projeto e a OLPC ofereceu uma semana de formação na utilização do laptop.
Depois da formação, os alunos foram atachados a escolas para realizar atividades com laptops, dependendo da necessidade de cada instituição. Algumas escolas solicitaram trabalho diretamente com alunos, outras com professores em sala de aula e fora da sala de aula, outras solicitaram ajuda na manutenção das máquinas.
Após o término dessa atividade, algumas escolas privadas contrataram alguns desses universitários para continuarem o trabalho com o XO na escola.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

XO Clubs nas escolas Kagugu e Nonko e formação dos voluntários da KIST

O primeiro XO Camp cumpriu  com os seus objetivos: A)  As crianças tiveram oportunidade de engajar-se em experiências significativas  de aprendizagem por meio do laptop, criando seus próprios jornais, programando seus próprios jogos e investigando suas curiosidades.  B)  A comunidade escolar (pais, professores, dirigentes) e coordenadores locais do projeto puderam observar o envolvimento das crianças com a sua aprendizagem e as potencialidades do laptop como o elemento catalisador para essa mudança de postura das crianças.

Em função disso, duas escolas solicitaram a continuidade dessas atividades, independente do trabalho do professor, para oportunizar esse tipo de experiência a um maior número de alunos. 

Para atender a essa demanda, nós criamos os XO CLUBS. XO CLUBS foram atividades semanais, no turno inverso às aulas, para grupos de alunos de 4a e 5a séries que não haviam participado nos XO CAMPS.


Na escola Kagugu, em função do seu tamanho (+ de 3500 alunos) nós oferecemos os 3 clubs: Jornalismo, Programação de jogos em Scratch e Matsiko (investigação de curiosidades).
Na escola Nonko (1000 alunos),  oferecemos apenas um Club (em dois turnos), que, por decisão da direção da escola, foi o Matsiko.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Projeto Matsiko durante o XO CAMP

O Projeto Matsiko foi desenvolvido em Ruanda para introduzir uma abordagem diferente sobre como a aprendizagem acontece.

Baseado no trabalho por Projetos de Aprendizagem, desenvolvido pela prof. Léa Fagundes ( e grupo do LEC) e no trabalho da professora Graziela Nemetz com o 1o ano (na escola Luciana de Abreu-POA), a idéia do projeto Matsiko foi oferecer uma oportunidade para os alunos expressarem suas curiosidades sobre o mundo e realizar investigações sobre assuntos que sejam significativos para eles.  



O princípio do projeto Matsiko é envolver os alunos no seu processo de aprendizagem, desenvolvendo o espírito de investigação e de pensamento crítico sobre as questões que vêm à sua mente.  Como parte deste processo, a nossa intenção foi instigar os alunos a fazerem perguntas sobre coisas que eles são curiosos e, em seguida,  investigar essas perguntas, a fim de compreender como as coisas funcionam ou porque algumas coisas acontecem. 

quarta-feira, 9 de junho de 2010

1 XO CAMPs





XO CAMPs foram atividades realizadas com alunos e professores durante um mês de férias em julho de 2009, nas escolas Nonko, Kagugu e Rwamagana.
Em cada escola o XO camp foi singular. Mas o princípio comum presente em todos os campos foi CONTINUAR A FORMAÇÃO DE PROFESSORES e 
proporcionar aos ALUNOS ENGAJAR-SE EM ATIVIDADES DESAFIADORAS, fazendo um uso diferenciado do laptop.
O XO campo faz parte da nossa estratégia de fornecer um EXEMPLO de atividades interessantes que podem ser realizadas com os laptops e de CRIAR UMA VISÃO de usos poderosos de computadores para professores e gestores escolares.

Estas atividades fazem parte do modelo de crescimento que a OLPC e o governo de Ruanda estão construindo para a iniciativa laptop no país. Neste modelo de crescimento é importante criar exemplares poderosos que serão centros de inovação e reflexão sobre laptops e aprendizagem. Essa estratégia é baseada no trabalho do nosso coordenador em Rwanda, David Cavallo, 'Models of growth— towards fundamental change in learning environments'.

Na escola Kagugu, além da formação de professores, nós realizamos três diferentes atividades simultaneamente: Matsiko (investigação de curiosidades), Jornalismo e Programação de jogos em Scratch.













terça-feira, 8 de junho de 2010

XO TIME

Com o objetivo de promover uma atividade extra-escolar e atingir alunos de escolas privadas que possuíam seus próprios laptops, eu e minha colega Julia R. criamos o XO time.


Nossa idéia foi enviar dicas e desafios para serem resolvidos com o XO, semanalmente, através  do jornal local.
Para envolver as crianças no mundo da leitura e da fantasia, nós criamos um personagem chamado XO Kazubwenge que supostamente enviava as atividades para os alunos. O XO kazubwenge também possuía amigos em Ruanda que estavam disponíveis nos sábados para ajudar as crianças com dúvidas.  

Nós começamos com desafios usando o Turtle Art e o Scratch. Todos os desafios estão disponíveis em wiki.laptop.org/go/XO_Time








XO time foi uma parceria com o jornal local de Ruanda (Newtimes), o qual nos ofereceu gratuitamente uma página semanal na folha da criança e também com o Bourbon Café , que nos ofereceu gratuitamente um espaço (uma sala de reuniões) para receber as crianças todos os Sábados, no turno da tarde.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Parceria com a ONG chamada International Educational Exchange






A ONG International Educational Exchange começou a atuar em Ruanda com o objetivo de formar professores para o ensino de inglês, em função da mudança da língua de ensino do Francês para o Inglês.
Tendo em vista que a abordagem de trabalho da ONG era construtivista e centrada no aluno, vimos que o laptop poderia ajudar na desenvolvimento da fluência em inglês.
A idéia era que eles utilizassem o laptop para o desenvolvimento de suas propostas para o ensino de inglês. Nós da OLPC promovemos uma formação sobre o laptop para os seus formadores.
O planejamento do ensino de inglês utilizando o laptop pode ser encontrado em  Planejamento de inglês com o XO laptop


Uma das idéias da OLPC é que o laptop seja uma plataforma para diferentes oportunidades escolares e principalmente extra-escolares. A parceria com diferentes ONGs é um dos nossos objetivos para sustentabilidade do projeto em Ruanda. 

Abertura da OLPCorps e inauguração do centro para laptops e aprendizagem em Rwanda


Na oportunidade da abertura da OLPCorps (8 de julho de 2009), David Cavallo inaugurou o Centro para Laptops e Aprendizagem em Ruanda
Estavam presentes o presidente de Ruanda, o presidente da ONG OLPC, o ministro de educação de Ruanda, coordenadores do projeto OLPC no Uruguai, Paraguai, Haiti, Camarões, etc, membros da OLPCorps, além de professores e a alunos de escolas de Ruanda demonstrando seu trabalho com os laptops.





OLPCorps: 30 equipes, 100 laptops por equipe e 30 escolas em países africanos



OLPCorps foi uma ambiciosa iniciativa com o objetivo de envolver estudantes universitários ligados a nossa missão de revolucionar os ambientes de aprendizagem para as crianças através de laptops.
Dentre as várias equipes que se inscreveram em 2009, 30 equipes de 3 pessoas foram selecionadas para fazer o deployment de 100 laptops em um país africano durante as ferias do verão americano (junho, julho e agosto) .
Antes de ir para o país escolhido, os estudantes estabeleceram uma parceria com uma ONG local para manter a sustentabilidade do projeto e fizeram uma formação de 10 dias em Rwanda. Essa formação envolveu o uso do laptop e suas ferramentas, desenvolvimento de propostas/projetos, aprendizagem sobre a parte técnica (manutenção e instalação de servidores), familiarização com a proposta de trabalho com projetos e também experimentação em formação de professores e trabalho com alunos em sala de aula.

As fotos dos deployments em cada país podem ser encontradas em http://www.flickr.com/photos/olpcorps/sets/

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Formação de professores de escolas privadas




Em final de abril de 2009, o core team, sob a nossa orientação, realizou uma formação de professores de 6 escolas privadas durante uma semana.
As atividades planejadas pelo core team voltaram a ter um propósito. A primeira delas foi o uso da câmera e do editor de texto para fazer um documento de identidade. Então, os professores aprenderam utilizar essas duas ferramentas e algumas de suas funcionalidades para criar a sua própria identidade.

Alternativa para Formação de professores durante o período letivo

Em 2009 duas novas escolas públicas receberam laptops.  Como isso ocorreu durante o período letivo, o core team organizou com a direção dessas escolas formações para grupos de professores, duas horas diárias dentro do horário de trabalho. Enquanto um grupo fazia a formação, outro suportava as crianças nas salas de aula.
O modelo não é o ideal já que um professor tem que atender duas salas de aula ao mesmo tempo, mas foi a alternativa possível naquele momento e garantiu que os professores tivessem um uso mais freqüente do laptop, sem acarretar custos.
Explico... em Ruanda, considerando que o salário dos professores é muiiito baixo e não 
 há plano de carreira,  há a cultura de incentivar os professores a realizarem formações através de uma ajuda financeira, ou seja, em qualquer formação os professores precisam receber dinheiro para pagar a alimentação e o transporte.
No entanto, isso limita as formações que não estavam previstas no orçamento. Considerando esse fator, nossa única alternativa foi fazer formações dentro do horário de trabalho evitando gastos com transporte e alimentação.


Alguns poréms nessa formação: 
Apesar dos professores da escola expressarem alegria com a novidade(o lpatop), a formação dessa vez foi muito inferior a primeira que o core team havia realizado. Voltou-se a aulas mais tradicionais de laptop e o “ensino” de aspectos técnicos para professores que estavam usando um computador pela primeira vez. 
Voltamos a insistir com o grupo sobre o objetivo das primeiras formações: fazer o professor sentir-se confortável com o laptop e pelo menos com uma atividade. A angústia do formador em ensinar todas as ferramentas e possibilidades da máquina acaba assustando e paralisando o professor iniciante em tecnologia.


Problemas referentes a essas duas escolas:
não havia laptops suficientes para todos os alunos e escola não recebeu uma orientação do ministério da educação sobre uma política de distribuição das máquinas. As escolas não receberam réguas para carregar os laptops na eletricidade e também ao receberam nenhuma verba extra para os gastos com energia, que aumentaram consideravelmente.
Lições:
Dessa experiência piloto acredito que os responsáveis pelo projeto em Ruanda aprenderam  que é necessário uma formação da equipe diretiva e um esclarecimento sobre suas responsabilidades, bem como um plano de implementação e sustentabilidade por parte do governo.
Para nós (OLPC time) em Ruanda, ficou claro a necessidade de uma intervenção com o core team e de uma formação continuada baseada em planejamento, ação e  reflexão.